Última alteração: 2017-11-23
Resumo
Tecnologia, desenvolvimento e produtividade sempre foram articuladas na história das sociedades, sobretudo pelo modelo capitalista, em que tais categorias assumem nuances atreladas à financeirização neoliberal contemporânea. Tendências já anunciadas aprofundaram-se no século XXI, como o esgotamento dos recursos naturais e a crise alimentar, cujos impactos comprometem o crescimento das economias. Temas como sustentabilidade, saúde coletiva e segurança alimentar ganham espaço tanto para manter o projeto de sociedade capitalista como para viabilizar sua superação. No campo da produção de alimentos, o Brasil destaca-se como exportador de commodities e o maior consumidor de agrotóxicos do mundo desde 2008. Entretanto, a diversidade das populações latino americanas proporcionaram o avanço da matriz científico-tecnológica da Agroecologia e modelos de agricultura sustentáveis. O objetivo geral é articular os fundamentos da economia política ao campo da produção de alimentos no Brasil e, especificamente, à Agroecologia por meio de práticas multidisciplinares junto a agricultores familiares e comunidades escolares de Campinas. As metodologias vão desde visitas técnicas aos assentamentos rurais até aulas abertas sobre educação alimentar, cujos resultados tem sensibilizado o público alvo sobre questões econômicas que envolvem a produção, comercialização e consumo de alimentos, bem como para uma formação política que trabalha para um desenvolvimento efetivamente sustentável.