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Na atualidade há muita opressão social, violências e injustiças mirando o pilar mais pobre e vulnerável de nossa sociedade. Percebe-se que, por muitas vezes, o cárcere se torna uma consequência inevitável, assim lotando o sistema prisional brasileiro para além de suas capacidades. Desta maneira, se faz necessário um esforço coletivo para mudar as raízes coloniais e capitalistas que originaram tais injustiças ainda presentes na realidade atual, anticolonizando as narrativas de homens e mulheres apenados. Para tanto, buscamos implementar e executar dois clubes de leituras, um para leitura livre e outro de leitura mediada, com vistas à remição de pena de pessoas privadas de liberdade nas unidades prisionais da Baixada Santista, por meio de diferentes atividades e ações voltadas para a leitura de obras literárias, em livros físicos, os homens apenados têm tido a oportunidade de produzir resenhas criticas que escapam à lógica colonizante. A validação das resenhas é realizada por licenciandos do curso de Letras, como parte das atividades de curricularização da extensão do curso. Após a validação, os pareceristas do projeto recomendam a remição de pena à autoridade judiciaria dos apenados. O arcabouço teórico que ancora esse projeto é a produção de narrativas autobiográficas (LECHNER, 2012, 2023), a ética do cuidado (HEIDEGGER, 2008; SÁ 2023), a educação como prática da liberdade (FREIRE, 1983) e a plataforma anticolonial (CUSICANQUI, 2021). Com o projeto já em andamento, obtemos por resultado a leitura e produção de resenhas referentes a 3 obras literárias, que resultou na produção de 54 resenhas correspondendo à remição de 12 dias da pena de cada apenado participante do projeto. Destarte, a contribuição e o impacto social deste projeto tem beneficiado os docentes, os licenciandos,os servidores públicos na unidade prisional e os homens privados de liberdade, bem como a todos os que se envolvem nas ações propostas e desenvolvida

Privação de liberdade; Leitura; Literatura