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A atuação de mulheres por trás das câmeras ocorre desde as origens do cinema, mas apenas alguns nomes ganham destaque nas bibliografias sobre audiovisual, isso quando aparecem, uma vez que homens obtêm maior reconhecimento por suas contribuições cinematográficas. Entre 2019 e 2020, mais de 85% dos alunos ingressantes no curso de Produção de Áudio e Vídeo no Instituto Federal de São Miguel (o único de São Paulo a oferecer este ETIM), foram mulheres. Porém, tal número não se refletia nos créditos das produções, constatou-se quando uma ex-aluna iniciou uma pesquisa científica para compreender a invisibilização das mulheres no cinema. A predominância masculina impede que narrativas sejam contadas através de lentes femininas, e estereótipos são perpetuados, sendo refletidos na sociedade a qual consome tais obras. O projeto de extensão Cineclube: Cine das Minas surge dessa pesquisa, com o objetivo de trazer cinema feminino e nacional para as periferias da Zona Leste, dando visibilidade para obras dirigidas por mulheres, politizando e fomentando a participação das mesmas no audiovisual - por via de: cine debates, oficinas e palestras; criando um olhar crítico na nova geração de produtores audiovisuais ao redor do Brasil. Em suas ações, o Cine das Minas impactou mais de 400 pessoas, do próprio campus e externas, de maneira presencial e virtual por mídias digitais, sendo impactadas crianças de escolas públicas, adolescentes e adultos. Conectando mulheres através do cinema e politizando, por meio do ativismo artístico, que desempenha grande relevância para São Miguel Paulista. O Cine das Minas foi reconhecido pela CONICT, esteve presente na VII CONEMAC em 2023, e obteve nota 97,50 na seleção de projetos do campus neste ano

Luta de Gênero; Mulheres no Cinema; Cine Debate; Diretoras; Visibilidade; Conscientização Audiovisual