Conferências do IFSP, VII CONEMAC - CONGRESSO DE EXTENSÃO E MOSTRA DE ARTE E CULTURA DO IFSP

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Acessibilidade para Todos
Regina Midori Fukashiro

Última alteração: 2024-03-22

Resumo


Atendendo a finalidade do Programa de Bolsa de Extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, campus Campos do Jordão, dentre as quais destacamos o aperfeiçoamento e desenvolvimento acadêmico e profissional de discentes e docentes, a integração com a comunidade externa e a prestação de serviço ofertando produtos e serviços, frutos de pesquisas temáticas dos programas de extensão, o presente relatório discorre sobre os respectivos resultados do Projeto Acessibilidade para Todos.  O modelo perfeito de acessibilidade é projetado sob os princípios do desenho universal, que beneficia toda e qualquer pessoa, com ou sem qualquer tipo de deficiência.  Além disso, Romeu Sassaki (2009) propôs seis dimensões de acessibilidade, entre elas a comunicacional, metodológica, instrumental, programática e atitudinal.  Mas é a dimensão arquitetônica o foco do presente projeto a partir da perspectiva do lazer. Para isso, o programa contou com a integração de duas alunas do curso de Edificações e uma aluna do curso de Tecnologia em Gestão de Turismo. Os estudos tomaram como tema norteador, o lema adotado pela comunidade das pessoas com deficiência. O lema “Nada sobre nós, sem nós” (Sassaki, 2007) ilustra a atitude adotada pelo universo da pessoas com deficiência, em  ações na defesa da inclusão e planejamento estratégico e políticas públicas através de  práticas participativas que garantam a acessibilidade total com autonomia e segurança.  Para isso, o campo de estudo escolhido foi a Vila e Parque Capivari, na cidade de Campos do Jordão, com a presença de 3 grupos de pessoas com deficiência que colaboraram com comentários e observações sobre barreiras e acessibilidade à partir de suas próprias experiências in loco.  Após submissão ao Comitê de Ética do IFSP, foram realizadas visitas investigadas, sendo o grupo 1 composto por cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida num total de sete colaboradores, o grupo 2 com quatro pessoas com deficiência visual e o grupo 3 com dois participantes do espectro autista e quatro com deficiência auditiva.  Somaram-se à coleta de dados, registros fotográficos e em vídeo que poderão servir ao documento final a ser proposto ao Poder Público, a iniciativa privada e sociedade em geral com sugestões de melhorias para a inclusão e acessibilidade do público em relação ao lazer. Como resultado notou-se que além da acessibilidade arquitetônica, a acessibilidade atitudinal também se apresentou relevante para as pessoas dos grupos 2 e 3 merecendo estudos pertinentes.  Outro fator observado foi a grande representatividade que o Instituto Federal ganhou perante a comunidade, das pessoas com deficiência e iniciativa privada, que muitos desconheciam seu papel institucional que vão além do ensino e avançam na pesquisa e prestação de serviço à comunidade.