A Moreninha, publicado por Joaquim Manuel de Macedo em 1844, e considerado romance inaugural do Romantismo no Brasil, ganhou sua versão em História em Quadrinhos (HQ) nas mãos de Maria Sonia Barbosa em 2012, com ilustração de Sebastião Seabra. Na criação de Macedo, a personagem Carolina foi concebida como "travessa" e "engraçada". Afora as traquinagens, quase pueris da moça, a protagonista traz na sua caracterização física um lastro poético indianista, temática fundamental do período que valorizou elementos culturais da jovem nação brasileira recém-independente. O objetivo deste trabalho é analisar como a representação da personagem se dá através da HQ de Barbosa (2012). Para isso, analisaremos a utilização dos recursos empregados na HQ, tais como, ilustração, cores, padronização, contraste e entre outros (McCLOUD, 1995). Por fim, analisaremos como a história em quadrinhos pode auxiliar na leitura de obras clássicas na sala de aula. A pesquisa tem abordagem do tipo qualitativa (RICHARDSON, 1985; SEVERINO 2013). As perspectivas teóricas far-se-ão segundo McCloud (1995), Lotman (1996), Candido (2002) e Oliveira (2008).