Tamanho da fonte:
UM ESTUDO DA TRADUÇÃO DE VIDAS SECAS PARA O INGLÊS
Última alteração: 2017-11-14
Resumo
Feito de maneira extremamente poética, de modo que a linguagem se assemelhe ao espaço e à ambientação da narrativa, o romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, retrata, de maneira concisa e cíclica, a vida de um grupo de retirantes nordestinos em meio à seca. Com base nas especificidades da linguagem de Ramos e no modo como essa linguagem é empregada no processo de animalização dos seres humanos e humanização dos animais, o estudo propõe analisar o modo como tais recursos linguísticos foram recriados em inglês, a partir do estudo da tradução dessa obra – neste recorte especificamente do capítulo “Fabiano” – feita por Ralph Edward Dimmick e intitulada Barren lives. A análise comparativa foi realizada com base nos estudos de Haroldo de Campos, Mario Laranjeira, Paulo Henriques Britto e Antoine Berman, considerando principalmente a ideia de que, tratando-se de tradução literária, a transmissão de significados deve ser colocada em segundo plano para privilegiar o trabalho no nível dos significantes. As conclusões – ainda parciais – sinalizam que o tradutor tenha buscado soluções circunstanciais e, portanto, não tenha construído no texto em inglês sistematismos semelhantes àqueles presentes no texto de partida, prejudicando a produção de efeitos de sentido essenciais à proposta estética da obra.
Palavras-chave
graciliano ramos; vidas secas; tradução literária; inglês.
Texto completo:
PDF