Alimentos transgênicos são comuns no Brasil, devido a possibilidade de produção em larga escala, porém a qualidade do alimento também é essencial, de modo que cause o menor risco possível ao meio ambiente e consumidores. Entretanto, os diversos impactos causados, muitas vezes, passam despercebidos pela população. Por isso, em 2005, a lei 11.105/2005 passou a determinar a obrigatoriedade de um símbolo de identificação de transgênicos em suas respectivas embalagens, dando autonomia ao consumidor de escolher entre consumir ou não um alimento geneticamente modificado. Nesse estudo foram feitas análises de identificação molecular, realizando-se o diagnóstico de segmentos oriundos de transgenia em amostras de milho disponibilizadas comercialmente. A análise de identificação molecular envolveu amplificação por PCR, da região promotora NOS, característica de milho transgênico, e subsequente visualização dos resultados por meio de eletroforese em gel de agarose. As amostras analisadas indicaram a presença de transgenes nas amostras que não possuíam a devida identificação na embalagem. Houve a presença de material amplificado inespecífico no controle negativo e em algumas amostras, podendo amplificação inespecífica da região promotora NOS. As análises mostraram que há alimentos derivados de milho cujos fabricantes não indicam a presença de transgênicos conforme a legislação, ferindo gravemente o direito do consumidor.