Conferências do IFSP, v. 4 (2018): IV Congresso de Educação Profissional e Tecnológica do IFSP

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Alimentos industrializados e leitura de rótulos: a Educação Alimentar e Nutricional como ferramenta de autonomia e transdisciplinaridade no Ensino Médio
Larissa Vicente Tonacio

Última alteração: 2019-04-05

Resumo


Os hábitos alimentares dos adolescentes indicam presença recorrente de alimentos industrializados, com altos teores de sal, açúcar e gordura. A escola é extremamente propícia para ações educativas, pois é por meio deste espaço que o indivíduo adquire ferramentas de construção de cidadania e melhoria de qualidade de vida. Assim, o presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência de uma atividade de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) com estudantes do primeiro semestre dos cursos Técnicos Integrados do Campus São Paulo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. A atividade foi organizada pela nutricionista do Campus São Paulo na última semana de março de 2018. Primeiramente, foi realizado um Brainstorming com o tema “alimentos industrializados”. Posteriormente, foi feita a leitura da tabela nutricional de alguns alimentos industrializados, identificando as quantidades de sal, açúcar e óleo. Em seguida, pesava-se a quantidade desses ingredientes em uma balança de uso culinário até chegar ao peso descrito na tabela nutricional do produto e transferia-se o conteúdo para um saco plástico transparente. Os estudantes demonstraram alto grau de envolvimento e organização na atividade. Eles reagiram de diferentes formas durante a dinâmica: alguns ficaram surpresos, pois não imaginavam que as quantidades desses ingredientes eram tão grandes nestes alimentos, enquanto outros relataram que imaginavam que os teores de sal, açúcar e/ou gordura fossem maiores. Também foi discutido o papel social da alimentação, uma vez que estudantes nessa faixa etária realizam atividades de lazer, muitas vezes, consumindo estes alimentos. Essa experiência evidenciou a importância de envolver o estudante nas atividades para a promoção da autonomia e a possibilidade de envolver a EAN de maneira transdisciplinar no currículo escolar. Além disso, pode-se observar que a atividade despertou maior consciência nos estudantes quanto ao consumo de alimentos industrializados, sobretudo os ricos em sal, açúcar e gordura.


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