Conferências do IFSP, v. 4 (2018): IV Congresso de Educação Profissional e Tecnológica do IFSP

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Condições menos matemáticas para tratar de Movimento Uniforme a partir de atividade prática de Física envolvendo ludicidade e inclusão
Rodrigo Alves de Souza

Última alteração: 2019-04-09

Resumo


Tradicionalmente certos conteúdos de Física são abordados impreterivelmente com a utilização da Matemática e isto, diante do alarmante despreparo dos alunos nos seus aspectos mais básicos, parece ser um entrave para a aprendizagem da Física, em particular da Mecânica (vertente permeada totalmente pela Matemática, seja para ser compreendida, exemplificada ou aplicada). Partindo-se de pressupostos teóricos conduzidos sob as perspectivas histórica e filosófica se realizou um experimento envolvendo uma atividade prática entre uma sequência de aulas, tratando de Movimento Uniforme, a qual se objetivou a apropriação dos conceitos e um olhar experimental lúdico acerca deste tipo de Movimento. A condução prévia isenta de Matemática, conjuntamente com a inserção da prática, gerou desdobramentos a partir de debates que sucederam o experimento, mediados por situações dialógicas, ricos em vários aspectos. Esta mesma utilização da Matemática a posteriore parece ter sido mais proveitosa, sendo compatível com a construção lógica dos conhecimentos físicos, do que talvez fosse se introduzida antes da atividade, visto que, segundo avaliações diagnósticas destes alunos, as defasagens eram bastante elevadas no início. Naturalmente a necessidade matemática para se explicar melhor os fenômenos observados surgiu para fortalecer a própria argumentação dos alunos, sem, portanto, ter sido introduzida antes e evitando talvez entraves e desmotivações no processo de aprendizagem inicial da Mecânica. Cabe destacar a participação de um cadeirante na atividade que envolveu caminhadas. Isto, além de possibilitar a inclusão do aluno, desconstruiu certas hipóteses da turma, imaginando a impossibilidade do feito, como também promoveu uma série de debates entorno das questões inclusão e acessibilidade que promoveram maior espírito solidário nos discentes e também motivou o cadeirante a seguir, naquela condição, com as rotinas escolares.

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