A Política Externa Independente (PEI), desenvolvida por Jânio Quadros (Jan/1961-Ago/1961) e mantida por João Goulart (1961-1964), norteou as relações internacionais do Brasil em um contexto de Guerra Fria. O país sofreu com a escassez de investimentos externos simultaneamente a ascensão do nacionalismo, promovido, desde a década de 1930, por Getúlio Vargas (1930-1945/1950-1954). O presente artigo foi desenvolvido durante o Projeto de Extensão "Introdução aos Estudos da Política Externa Independente dos Governos Jânio Quadros e João Goulart (1961-1964)",  no qual foram realizadas pesquisas e debates sobre a PEI e sua relação com a diplomacia e a política exterior brasileira. O estudo revelou um caráter desenvolvimentista brasileiro, parcialmente isento de compromissos ideológicos e preocupado, apenas, com a ascenção internacional da nação e o desenvolvimento industrial desta. Portanto, as relações internacionais brasileiras, históricas e contemporâneas, foram, constantemente, baseadas em interesses políticos nacionais, principalmente no que tange às vantagens que a inserção internacional do país poderiam agregar à nação.