Conferências do IFSP, v. 4 (2018): IV Congresso de Educação Profissional e Tecnológica do IFSP

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Representações sociais de professores e gestores do IFSP sobre o futuro
Renata Nicizak Villela, Anna Carolina Salgado Jardim, Vanusa dos Reis Côelho, Denise Marques Alexandre

Última alteração: 2019-04-05

Resumo


A educação profissional desde sua institucionalização como política pública em 1909 foi marcada por uma dicotomia, que separa a educação para o mundo do trabalho e a educação para a intelectualidade. Todas as mudanças que marcaram a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica revelam essa dualidade, e tratando-se de uma instituição sensível às contradições políticas e econômicas, experimenta, mais uma vez, um movimento de agudização dos conflitos que orientam sua diretriz educacional. Assim, este trabalho  visa analisar as representações sociais de professores e gestores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo sobre o futuro. Os procedimentos metodológicos envolveram a Técnica da Associação Livre de Palavras com o termo indutor Futuro e duas questões abertas, a primeira sobre a justificativa da palavra mais importante escolhida pelo sujeito na TALP e a segunda enfocando-se o futuro da educação profissional. Os dados foram processados no software Iramuteq para a realização de Análise Prototípica, de Similitude e Classificação Hierárquica Descendente.  Os resultados mostram que, quando convidados a refletir sobre o Futuro, os participantes enfocaram seus próprios amanhãs, apresentando sentidos pessoais e profissionais, indicando representações sociais de futuro caracterizadas por contradições e dualidades. Quando refletiram sobre o Futuro da Educação Profissional, as dualidades e contradições desaparecem. As representações, nesse caso, passaram a ter função identitária e se mostraram mais como possibilidades de proteção da especificidade do grupo. No atual cenário, marcado por transformações econômicas, políticas e socioculturais, a análise das representações sociais de futuro desses profissionais, evidenciou elementos significativos para o compromisso com a oferta de uma educação crítico-emancipatória, pública, gratuita e de qualidade, revelando um horizonte de esperança, de resistência e de luta por uma educação não dicotômica e integral.


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