As práticas em aulas de matemática estão alicerçadas, em sua maioria, dentro de determinada racionalidade, que atendem a uma determinada ideologia que vigora em nossa sociedade. Em contraponto a esse modelo destaca-se a Educação Matemática Crítica, que está intimamente ligada às preocupações relacionadas a um conhecimento crítico diante do desenvolvimento da sociedade e se inquieta com os aspectos socioculturais e políticos da Educação Matemática. A partir desse entendimento, tivemos como objetivo neste texto discutir o modelo da racionalidade crítica, por meio do campo teórico da Educação Matemática Crítica, como um contraponto ao modelo da racionalidade técnica. Embasamo-nos especialmente no quadro dos ambientes de aprendizagem proposto por Ole Skovsmose, que enfatiza a passagem dos ambientes voltados ao paradigma do exercício para os voltados aos cenários para investigação.